"Se a política eleitoral e a ação dos mandatários são as principais ferramentas de promoção do bem comum numa sociedade democrática, não dá para dizer que o Cristão que assume verdadeiramente a sua fé pode deixar de lado a política, uma vez que esta também é um importante instrumento de instauração da justiça social. "

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Zorra....

A Prefeitura distribuiu neste final de semana na Zona Norte da cidade um tablóide de quatro páginas com obras que atribui a atual administração. É material de campanha explícito, mas vá lá, não deixa de ser uma prestação de contas. O problema é que a publicação é um show de escamoteamento da verdade. Coloca como obras novas, algumas reformas, outras tantas pinturas, obras ainda na maquete e conjuntos de casas que ainda nem existem, como os de Iguatemi e Floriano, cujos terrenos foram adquiridos na gestão passada e onde não há ainhda nem demarcação. Contabilizam também como obras da atual administração o viaduto da Tuiuty, que foi construído com quase dois anos de atrazo e faz parte de um projeto que já estava em andamento em 2004. Até as casas do PAC, do polêmico desfavelamento do Santa Felicidade , foram contabilizadas. Se for ver bem mesmo, as pouquíssimas moradias do Programa Habitacional Minha Casa, já estavam encaminhadas quando o atual prefeito assumiu, lembrando , por exemplo, que o Vilagio Treviso é um conjunto de pequenos apartamentos que começou lá atrás, na gestão petista de Zé Cláudio e João Ivo. Silvio pegou o bonde andando, mas faz festa como se tudo que estava em andamento e que ele terminou, fossem obras exlusivamente suas. Ressalte-se, a bem da verdade, o direito que ele tem, como prefeito de Maringá, de inaugurar todas essas obras e fazer festa. Mas , como diria aquela nutricionista da Zorra Total: "Fazer festa pooode, mas mentir assim faz mal à saúde. Aí não pooooooode!".

fonte: Blog do Messias www.messias-mendes.blogspot.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Fórum discute Políticas Públicas

A Escola da Cidadania promove nos próximos dias 29 de fevereiro e 1º de março, o I Fórum Regional de Educação Popular e Políticas Públicas, na Universidade Estadual de Maringá. A proposta do evento é reunir lideranças sociais, acadêmicos, conselheiros e representantes de ONGs e entidades assistenciais de Maringá e região para discutir ações do poder público e compreender seus direitos como cidadãos e líderes sociais.
Para discutir sobre os temas a Escola da Cidadania convidou palestrantes reconhecidos nacionalmente como o arquiteto Chico Whitaker, um dos idealizadores do Fórum Social Mundial e o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (ABONG), José Antônio Moroni, entre outros.
Para se inscrever no Fórum, os interessados podem acessar o site da prefeitura: www.maringa.pr.gov.br. A entrada é franca e as vagas são limitadas.
Programação
29-02
19h30 às 22h
Local: Nupélia/ Bloco G90/ UEM
19h às 19h30 – Credenciamento e recepção
19h30 às 19h50 – Apresentação cultural: Grupo Batuke Novo
9h50 às 20h20 – Cerimonial de abertura
20h20 às 22h – Mesa-redonda: Desafios da educação para a cidadania no século XXI.Debatedores: Profº. Adriano Rodrigues Ruiz (UEM) e Prof.ª Maria Victória Benevides.
01-03
8h30 às 11h30
Local: Universidade Estadual de Maringá/Bloco G34
Oficinas temáticas
Oficina das oficinas: cidadania e protagonismo social;
Oficina dos cursos: sociedade cívil no controle das políticas públicas;
Orçamento Participativo Criança;
Análise da Conjuntura Nacional.
11h30 às 13h30 – Almoço
Tarde – 13h45min às 18h
Local: Auditório Ney Marques/UEM
14h às 14h15 – Recepção: apresentação musical
14h15 às 15h45– Mesa-redonda: Apropriação das políticas públicas na construção da cidadania.Debatedores: Prof. Ana Lúcia Rodrigues (UEM) e Prof. José Antônio Moroni (ABONG)15h45 às 16h15– Intervalo
16h15 às 17h15 – Apresentação do tema: Cidadania: desafios para um novo mundo (Chico Whitaker – Fórum Social Mundial)
17h15 às 18h – Fechamento: leitura da carta do fórum e apresentação cultural.
Serviço: Informações com a educadora da Escola da Cidadania, Franciele Alves da Silva, nos telefones 3901-1177 e 8809-9143

“Política e fé se misturam?”

Recentemente, durante uma palestra sobre política e cidadania, fui questionado por um participante se eu concordava que Política e Fé não deveriam se misturar, uma vez que o estado é laico e, assim sendo, a Igreja deveria se manter afastada dos processos políticos existentes na nossa sociedade moderna. O meu interlocutor utilizou como exemplo a trágica experiência da Idade Média quando a Igreja e o Estado caminhavam juntas na condução dos assuntos governamentais.
Para surpresa das pessoas que me ouviam (surpresa essa que me motivou a abordar essa questão no artigo deste mês), eu concordei em parte com o interlocutor. Realmente, Fé e Política não podem se misturar. Elas são coisas distintas, porém se complementam na prática da vida. A Fé, sem a ação política como muito bem aborda a Carta de São Tiago (2, 14-25), é morta. A política até pode existir sem a vivência da fé desde que esteja pautada nos princípios da cidadania, da ética e da promoção do bem comum. Mas a Fé não pode viver sem as obras que a justifiquem. Essa passagem da carta apostólica de S. Tiago nos leva a concluir que a vivência da fé é necessária e tem como conseqüência a ação prática da política.
Logo de imediato, o meu interlocutor voltou a me questionar se eu não estava equivocado, uma vez que a carta de São Tiago mencionava a palavra "obras" no lugar da palavra "política" por mim mencionada. Realmente, ao lermos a carta não encontraremos a palavra "política" e sim "obras". Mas, qual o verdadeiro sentido da palavra "política"? Se pesquisarmos no dicionário, analisando a sua origem e o seu significado, descobriremos que ela retrata a relação do cidadão para com os demais membros de uma sociedade. "Político" vem de "polis" que quer dizer em grego, "cidade". E por sua vez, "política" vem do Grego "politiké" e pode ser perfeitamente entendida como o "cidadão que exerce plenamente a sua cidadania, respeitando e se relacionando bem com o próximo, buscando o perfeito equilíbrio entre os seus direitos e deveres e, acima de tudo, pautando todas as suas ações na preocupação efetiva de estabelecer prioritariamente o bem comum".
Acredito que esta correlação (fé x política) pode ser mais ampla, principalmente se continuarmos a leitura da carta apostólica de São Tiago. Também não podemos deixar de observar a ação pastoral de Jesus. Nela, veremos que Ele propagou a proposta da vida e do Reino de Deus, em choque com os partidários da morte e do reino de César. Sua espiritualidade abastecia-se na intimidade amorosa com o Pai e no contato direto com o povo. A sua vida pública era ao mesmo tempo intensa (Mt 9, 35) e fortemente pautada na oração (Lc 6, 12) principalmente em momentos de opções decisivas.
Outro aspecto que fortalece ainda mais esse relacionamento entre a Fé e a Política é a preocupação de Cristo com a inserção social (Mt 25, 31). Nesta passagem fica evidente o critério que Jesus nos passa ao separar as "ovelhas dos cabritos": A preocupação com o outro. Ele se coloca como sendo o menor dos irmãos ao afirmar, em resposta aos que perguntam sobre quando foi que o viram nu e o vestiram, o viram com fome e o deram de comer, o viram preso e foram-no visitar: "Quando fizeste isso ao menor dos meus irmãos, foste a mim que fizeste".
Se a política eleitoral e a ação dos mandatários são as principais ferramentas de promoção do bem comum numa sociedade democrática, não dá para dizer que o Cristão que assume verdadeiramente a sua fé pode deixar de lado a política, uma vez que esta também é um importante instrumento de instauração da justiça social.
São Tiago afirma que a fé sem obras é como um corpo sem alma. E um corpo sem alma está muito longe da proposta de Cristo para a vinda do Seu Reino.
Um forte abraço a todos e a Paz de Cristo!

Robson Campos Leite
Email: feepolitica@terra.com.br
fonte: http://www.loreto.org.br/mar2005_fe_politica.asp

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Aniversário


"Hoje faz exatamente um mês (aqui) que este blog divulgou que um grupo de moradores do Conjunto Santa Felicidade resistia à idéia de Silvio II (PP) de serem retirados do bairro. A partir daí descobriu-se muita coisa - e nada, absolutamente nada, do projeto original entregue ao governo federal em troca de R$ 20 milhões. Nada, absolutamente nada, de transparência com o que é feito com o dinheiro público. Leitores graduados do blog acreditam que, a uma altura dessas, o projeto tenha sido alterado aqui e em Brasília, mas eu acho que não há trabalho que prevaleça quando a mentira é muito grande.Amanhã, para marcar a data, o blog apresentará uma novidade que os representantes das nove entidades que fecharam com a administração deveriam ler - e é interessante observar que, obedientes, até agora nenhuma delas manifestou arrependimento de ter ficado ao lado do poder público e contra os pobres moradores. Há um mês eu achava que vivíamos numa grande imobiliária; agora, tenho certeza. "

Vale do Rio Doce: em meio à expansão, empresa tem julgamento decisivo

Bradesco pressiona a Justiça para conseguir arquivamento das ações; para a advogada Clair Martins, mobilização popular pode ser decisiva

Pedro Carrano,de Curitiba (PR)
Dez anos e nove meses se passaram desde a privatização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) – rebatizada de “Vale” pelos atuais controladores -, vendida por R$ 3,3 bilhões. Apenas para uma comparação entre o valor da venda na época e a produção atual da empresa: o atual reajuste de 65% no preço mundial do minério de ferro, por exemplo, deve render R$ 10 bilhões para a balança comercial brasileira. Mais de três vezes o valor de todo o patrimônio posto a leilão.
No dia 27 de fevereiro de 2008, abre-se uma nova página na história do questionamento da venda da segunda maior mineradora do mundo, quando os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vão julgar o destino de 25 ações populares que colocam a privatização em xeque.
No momento, a correlação de forças no interior do Judiciário não é de todo desfavorável para os movimentos sociais que aponta irregularidades na privatização da empresa. Porém, em termos econômicos, a transnacional se afirma como um gigante mundial. Possui serviços de jazidas, ferrovias e portos em 27 países do mundo, nos cinco continentes. Em fase de expansão, a próxima aquisição possivelmente será a empresa anglo-suíça Xstrata, no valor de R$ 157 bilhões.
Breve histórico das ações populares
O processo de venda da Vale, consumado em 1997, foi questionado por 107 ações populares, encabeçadas por cerca de 300 autores. Por decisão do Superior Tribunal de Justiça, todas as ações foram centralizadas na Justiça Federal, em Belém do Pará, de acordo com princípio jurídico, para não haver decisões conflitantes. No entanto, a Justiça de Belém decidiu pelo arquivamento das ações populares.
Em outubro de 2005, a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) de Brasília tomou decisão ousada e reconheceu que as ações populares deveriam ter o seu mérito julgado. Não poderiam ficar arquivadas.
Os advogados da Vale pouco depois entraram com um pedido de reclamação (pedido 2259), apontando julgamentos conflitantes entre a decisão da justiça do Pará e a decisão do TRF-1 de Brasília. Na expectativa da direção da empresa, a decisão deve ser a mesma para todas as ações. Como sete ações populares foram abandonadas por seus autores e julgadas improcedentes, a companhia então entende que o Judiciário deve estender esta decisão e inviabilizar todas as outras ações restantes.
Porém, cada ação popular, por Lei, deve ser analisada na sua particularidade, explica o jurista e autor de ação popular, Eloá Cruz. Ademais, o princípio jurídico da “conexão”, presente no atual processo, permite a avaliação de cada caso.
Caso a Justiça não reconheça a reclamação da Vale, entra em jogo a necessidade de redefinir o valor real do patrimônio da Vale e verificar se o leilão foi justo. Isto porque as ações populares retornariam a Belém do Pará, não para serem arquivadas, mas para a realização de uma perícia e real avaliação de patrimônio.
O fato Bradesco
No próximo julgamento, previsto para o dia 27, de acordo com Cruz, será apresentado um fato novo ao tribunal: em 1997, representante do banco Bradesco enviou uma petição à Justiça de Belém, apresentando uma sentença emitida por Mark Ishida Brandão, da 15ª Vara Federal de Belo Horizonte (MG), na qual recomenda a decisão uniforme para todos os processos, além de partir do princípio de que a venda da companhia é irreversível. A competência, no entanto, deveria ser da justiça no Pará, o que, segundo Cruz, indica pressão por parte do grupo Bradesco - avaliador, comprador e atual controlador indireto da Vale.
Para Cruz, o juiz de Minas Gerais não tem competência para avaliar a questão, de ordem da Justiça no Pará. Por sua vez, Judiciário não deveria arquivar as ações populares tendo como base a sentença de Minas Gerais.
Pressão do povo
No julgamento do dia 27 de fevereiro, a presença de representantes dos movimentos populares é fundamental, na avaliação da advogada trabalhista Clair da Flora Martins. A advogada pretende organizar uma reunião para o dia anterior ao julgamento, em Brasília.
Autora de ação popular (não incluída no atual julgamento), Clair vem acompanhando as votações no STJ. Quatro ministros votaram a favor da reclamação da Vale (entre eles, o relator, ministro Luis Fux). Três ministros reconheceram as ações populares. O próximo a votar, ministro Hermann Benjamin.
Clair considera a presença dos movimentos populares fundamental no julgamento como forma de contraposição, pois os advogados da Vale hoje recebem, sozinhos, as lentes da mídia. A advogada ainda não sabe qual regimento interno será usado para o possível desempate da votação. Ainda de acordo com Cruz, um mesmo ministro pode rever o seu voto.
Marcos Arruda, economista, integrante da Assembléia Popular, reforça a importância da presença de representantes das organizações sociais. A Assembléia foi uma das organizadoras do Plebiscito Popular – que movimentou 3 milhões e 700 mil votos em 2007 pela nulidade do leilão da Vale – e um de seus focos temáticos em 2008 é a questão da energia, no qual o assunto é um tópico importante. “O tema da Vale está continuando. Encerrou-se o plebiscito popular, porém a luta continua. Não podemos deixar este assunto morrer”, afirma.

Concurso internacional convoca jovens a opinarem sobre as cidades

"O que precisaria ser feito para transformar a sua cidade no lugar de seus sonhos?". Essa é uma das questões apresentadas aos jovens por um concurso internacional que quer discutir a questão urbana no mundo.
A competição é organizada pelo Banco Mundial, a Aliança de Cidades e o Governo da Noruega e convoca a participação de jovens de 18 a 25 anos. Eles devem elaborar um texto sobre o tema e inscrevê-lo no concurso até 23 de março.
Os detalhes e demais orientações para o evento estão no endereço www.essaycompetition.org. A justificativa principal para o concurso é o crescimento de mega-cidades no mundo e com ele o desafio de encontrar soluções para problemas urbanos como a pobreza, a degradação ambiental e a carência de serviços básicos (habitação, água, saneamento, energia, estradas, entre outros)
Segundo os organizadores do evento, a cada dia mais e mais pessoas nos países em desenvolvimento, particularmente na África e na Ásia, migram do campo para a cidade.

Sarandi tem pré-candidato para prévias internas do PT

Aconteceu ontem no Restaurante Kazza Nova na cidade de Sarandi, badaladíssimo jantar promovido por apoiadores do Prof. Adauto da Silva. Ele é pré-candidato na disputa pela candidatura majoritária (prefeito) nas prévias do partido deste ano.
A galera estava animada, mas também com os ânimos à flor da pele. Muitos discursos efusivos destacando a renúncia do prefeito Cido Spada da presidência do partido no último sábado, e de sua postura centralizadora ao demitir companheiros de partido por questões pessoais, ou simplesmente porque não iam de encontro a suas idéias. "Ele pensou que no partido ele poderia fazer o mesmo, mas lá (no PT) há instâncias democráticas que o impedem de simplesmente nos dispensar" destacou uma das pessoas que usou o microfone.
Porém, o principal objetivo do encontro era divulgar a pré-candidatura do Prof. Adauto da Silva (diretor do Colégio Jd Independência) a disputa nas prévias deste ano. Em sua fala, Adauto destacou a importância que Sarandi tem para a Região e que o futuro prefeito deve fazer um debate com o prefeito de Maringá para que seja paga a "dívida social" que tem com a cidade vizinha. Destacou também algumas idéias que poderão compor o programa de governo, caso ele seja escolhido para disputar a prefeitura.
Ao fazer uso da palavra, o vice-prefeito Zezinho destacou que naturalmente ele seria o potencial candidato a prefeito para as eleições de 2008, porém entende o momento histórico que o Prof. Adauto está vivendo e disse que abre mão dessa disputa para apoiar o companheiro.
Se fizeram presentes também na noite de ontem o vereador Cleiton Damasceno, Prof. Feltrin da APP Sindicato, o secretário de Educação de Sarandi José Luiz Araújo e o procurador jurídico da prefeitura Dr. Marcos além de fundadores e militantes do PT de Sarandi e Maringá.